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Extremismo, conservadorismo e preconceito no Metal Brasileiro

Não é fácil cortar a própria carne, mas é preciso. Devemos lançar uma luz reflexiva sobre a atual cena da música pesada e os desdobramentos que estão fazendo parte do movimento. Pois com a polarização política que o país vem sofrendo, uma parcela significativa dos headbangers se alinhou com uma agenda política de valores de extrema-direita, que prega o ódio às minorias e que flerte com o que há de mais retrógado na sociedade: um conservadorismo eivado de preconceito. Quantas bandas de pretos há no cenário? Quantas bandas formadas por mulheres? Quantas bandas formadas por índios? Por homossexuais? Poucas, muito poucas. O Metal de uma forma geral, não apenas o brasileiro, é o espaço do homem branco, hétero, que tem uma exaltação pela cultura europeia, reproduzindo valores de uma cultura eurocêntrica, patriarcal e anacrônica, que quase não abarca a nossa época e o nosso modo de ser. Porque quase não há bandas que fazem a análise histórica e sociologia do Brasil em suas letras, há p